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As vantagens económicas dos carros elétricos

As vantagens económicas dos carros elétricos

Os carros elétricos em Portugal oferecem poupança de 75% em energia, incentivos até 4.000 € e benefícios no estacionamento municipal.
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Pensar em adquirir um carro elétrico pode gerar muitas dúvidas. Com tanta informação disponível, é normal questionar se realmente compensa. Este artigo vai ajudar a tomar a melhor decisão.

A mobilidade elétrica deixou de ser apenas uma tendência para se tornar uma realidade em Portugal. Com as novas políticas ambientais europeias e os compromissos do nosso país para a redução de emissões, os carros elétricos tornaram-se protagonistas de uma verdadeira revolução.

Vantagens dos carros elétricos

Os veículos elétricos representam uma revolução na mobilidade contemporânea, combinando inovação tecnológica com responsabilidade ambiental. Apresentam vantagens multifacetadas que abrangem desde a economia financeira até aos benefícios ecológicos.

Vantagens económicas na utilização diária

O custo de utilização dos carros elétricos é significativamente mais baixo comparado aos veículos convencionais. Um condutor português médio consegue poupar aproximadamente 75% nos custos energéticos, visto que o carregamento elétrico apresenta um valor consideravelmente inferior ao dos combustíveis fósseis.

Redução dos custos de manutenção

A arquitetura simplificada dos automóveis elétricos traduz-se em menores custos de manutenção. A ausência de numerosas peças móveis, comparativamente aos motores de combustão interna, resulta num desgaste mecânico reduzido.

Incentivos para carros elétricos em 2025

Incentivos para carros elétricos em 2025
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O ano de 2025 trouxe novidades importantes para quem está a pensar adquirir um carro elétrico em Portugal. Os incentivos governamentais continuam a existir, mas com algumas alterações significativas.

A principal mudança está no teto máximo do valor do veículo elegível para apoio. Agora, apenas carros elétricos com preço até 38.500 € podem beneficiar dos incentivos para particulares. Esta medida visa democratizar o acesso à mobilidade elétrica.

Outra novidade importante é a obrigatoriedade de abate de um veículo a combustão para aceder ao incentivo máximo. Esta medida procura acelerar a substituição do parque automóvel mais antigo e poluente.

Os valores dos incentivos mantêm-se atrativos, podendo chegar aos 4.000 € para particulares e 6.000 € para empresas, dependendo do tipo de veículo e da entrega de um carro antigo para abate.

Autonomia e carregamento

Um dos principais receios de quem considera a compra de um carro elétrico é a chamada “ansiedade de autonomia”, o medo de ficar sem bateria a meio de uma viagem. Contudo, este é um problema cada vez mais ultrapassado.

Os modelos elétricos atuais disponíveis em Portugal oferecem autonomias que variam entre 250 e 600 quilómetros, dependendo do segmento e preço. Para a maioria dos condutores portugueses, que percorrem em média 40 quilómetros diários, isto significa carregar o carro apenas uma vez por semana.

Quanto ao carregamento, Portugal dispõe atualmente de uma das mais densas redes de postos públicos da Europa, com a rede Mobi.E presente em todo o território nacional. Existem mais de 5.000 pontos de carregamento distribuídos pelo país, com previsão de crescimento até ao final de 2025.

O carregamento doméstico continua a ser a opção mais conveniente e económica. Com uma caixa de carregamento instalada em casa, é possível carregar o veículo durante a noite, aproveitando tarifas bi-horárias mais económicas.

Benefícios fiscais para empresas

As empresas têm acesso a um conjunto especialmente atrativo de benefícios fiscais quando optam por frotas elétricas. Estes incentivos têm impulsionado significativamente a adoção corporativa de veículos zero emissões em Portugal.

O IVA é totalmente dedutível para veículos elétricos empresariais, um benefício substancial quando comparado com os 50% de dedução para veículos a combustão. Adicionalmente, as despesas com carregamento são também 100% dedutíveis para efeitos fiscais.

As empresas beneficiam ainda de uma tributação autónoma reduzida sobre veículos elétricos, gerando poupanças significativas. Para uma empresa com uma frota média, a mudança para veículos elétricos pode representar uma redução de custos operacionais na ordem dos milhares de euros anuais.

Carregadores em condomínios

Carregadores em condomínios
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Um dos apoios mais interessantes disponíveis em 2025 é o financiamento até 80% para instalação de carregadores em condomínios. Esta medida visa ultrapassar um dos principais obstáculos à adoção de carros elétricos. A dificuldade de carregamento para quem vive em apartamentos.

Para solicitar este apoio, o processo inicia-se com uma proposta à administração do condomínio, que deverá ser aprovada em assembleia. Após aprovação, é necessário obter orçamentos de empresas certificadas pela DGEG para a instalação.

O apoio pode chegar aos 6.000 € por condomínio, cobrindo até 80% do custo total da instalação, incluindo equipamentos e mão de obra. Os restantes 20% são divididos entre os condóminos interessados na utilização do carregador.

Estacionamento gratuito e descontos municipais

Os municípios portugueses têm implementado diversas medidas para promover a mobilidade elétrica através de benefícios no estacionamento. Estas iniciativas representam uma poupança significativa para os utilizadores de veículos elétricos nas zonas urbanas.

  • Estas medidas podem representar uma poupança superior a 500 € anuais para trabalhadores que estacionem diariamente no centro das cidades
  • Em Lisboa, os condutores de veículos elétricos têm direito a duas horas diárias de estacionamento gratuito nas áreas geridas pela EMEL
  • No Porto, existe uma redução de 50% nas tarifas de estacionamento na via pública para veículos elétricos

A mobilidade elétrica em Portugal está a evoluir rapidamente, com um ecossistema cada vez mais completo de incentivos, infraestruturas e serviços. Os carros elétricos já não são uma opção apenas para entusiastas da tecnologia ou ambientalistas, tornaram-se uma escolha economicamente racional para a maioria dos condutores portugueses.

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