Está a pensar renovar a sua cozinha e tem dúvidas sobre qual a melhor opção: placa de indução ou vitrocerâmica? Esta é uma questão frequente que surge quando necessitamos de escolher um novo aparelho para preparar as nossas refeições.
Hoje, vamos ajudá-lo a tomar a melhor decisão, analisando detalhadamente cada opção e considerando diversos factores importantes, desde o consumo energético até ao investimento necessário.
Diferenças entre placa de indução e vitrocerâmica
A principal diferença entre estes dois tipos de placas reside na tecnologia utilizada para o aquecimento. A placa vitrocerâmica funciona por meio de resistências eléctricas que aquecem a superfície de vidro, transferindo depois o calor para os tachos. Já a placa de indução utiliza um campo electromagnético que aquece diretamente o tacho, mantendo a superfície da placa relativamente fria.
Esta diferença fundamental na tecnologia de aquecimento tem influência em diversos aspetos do funcionamento destes electrodomésticos.
Na placa de indução, apenas funcionam tachos com fundo ferromagnético, o que pode implicar a necessidade de substituir alguns utensílios de cozinha. Por outro lado, a vitrocerâmica é compatível com a maioria dos tachos, desde que tenham fundo plano e regular, sendo recomendados materiais como aço inoxidável, alumínio ou ferro fundido.
Qual opção tem a melhor eficiência energética?
No que toca ao consumo energético, a seguir mostraremos dados que destacam as principais diferenças em termos de eficiência, consumo energético e durabilidade entre os dois tipos de placas.
Característica | Placa de indução | Placa vitrocerâmica |
Eficiência energética (%) | 90% | 70% |
Potência (kW) | 4.5 a 7.4 kW | 2.5 a 4 kW |
Custo mensal de electricidade (€) | 18.5 € | 22.85 € |
Vida útil (anos) | 10 a 15 anos | 8 a 12 anos |
Os valores de custo mensal de electricidade dos dois tipos de placas são aproximados e dependem do tempo de uso e da tarifa elétrica, mas a comparação é válida. Também é importante salientar que o tempo de vida útil varia conforme a manutenção das placas.
Qual é a mais segura?
Em termos de segurança, a placa de indução destaca-se significativamente. Como a superfície permanece relativamente fria durante o funcionamento, o risco de queimaduras acidentais é bastante menor. Para além disso, a maioria dos modelos possui sistemas de segurança que desligam automaticamente a zona de cozedura quando não detectam a presença de um tacho adequado.
A vitrocerâmica, embora também conte com diversos mecanismos de segurança, mantém a superfície quente durante e após a utilização, requerendo mais cuidados, principalmente em casas com miúdos.
Qual é a mais acessível?
O investimento inicial numa placa de indução é geralmente superior ao de uma vitrocerâmica. Para além do custo do próprio aparelho, pode ser necessário adequar a instalação elétrica da casa. Para instalar uma placa de indução, é necessário ter um circuito elétrico dedicado e, frequentemente, um interruptor diferencial próprio de 32A, enquanto a vitrocerâmica pode funcionar com um circuito de 16A ou 20A.
No entanto, quando consideramos os custos a longo prazo, a diferença pode compensar. A maior eficiência energética da placa de indução resulta em contas de electricidade mais baixas, e a sua superfície, por aquecer menos, tende a ter uma durabilidade superior, a reduzir os custos de manutenção.
Em média, uma placa de indução tem uma vida útil estimada de 10 a 15 anos, enquanto uma vitrocerâmica pode durar entre 8 a 12 anos, com manutenção adequada.
Tempo de aquecimento e controlo de temperatura
No que diz respeito à rapidez e precisão, a placa de indução é imbatível. O aquecimento é praticamente instantâneo, reduzindo o tempo de confeção em até 60% comparado com a vitrocerâmica. O controlo de temperatura é muito mais preciso, a permitir ajustes imediatos. Esta característica é particularmente valorizada por quem gosta de cozinhar e necessita de um controlo exato da temperatura.
A vitrocerâmica, por sua vez, demora mais tempo a aquecer e a responder às alterações de temperatura, o que pode exigir mais atenção e experiência durante o processo de cozedura.
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