Razões e impacto do encerramento das lojas Kinda

Razões e impacto do encerramento das lojas Kinda

O encerramento das lojas Kinda em Portugal gera preocupações entre trabalhadores e consumidores, sinalizando mudanças no retalho.
kinda home
kinda home

O encerramento das quatro lojas Kinda em Portugal tem gerado grande preocupação entre consumidores e trabalhadores. A decisão da empresa de avançar com um processo de despedimento coletivo marca um momento significativo no panorama do retalho português, afetando centenas de famílias e alterando o cenário comercial do país.

Agora mais do que nunca, é fundamental compreendermos o que levou a esta decisão e quais serão as suas implicações para o mercado português.

O que está a acontecer com a Kinda em Portugal

A Kinda, conhecida marca internacional presente em Portugal desde 2018, anunciou no dia 29 de dezembro de 2023 o encerramento de quatro lojas no território nacional. Esta decisão surge num contexto de reestruturação global da empresa, que tem enfrentado desafios significativos nos últimos anos.

A empresa, que chegou a Portugal em 2018, construiu uma presença significativa no mercado nacional, com lojas espalhadas por diversos centros comerciais e zonas comerciais principais. No entanto, as mudanças no comportamento do consumidor e a crescente concorrência do comércio eletrónico têm pressionado o modelo de negócio tradicional.

Motivos que levaram ao encerramento

A decisão de encerrar as lojas em Portugal não foi tomada de ânimo leve. Entre os principais factores que contribuíram para esta situação, destacam-se a redução significativa das vendas presenciais, o aumento dos custos operacionais, a forte concorrência do comércio eletrónico, as alterações nos padrões de consumo pós-pandemia e a necessidade de reestruturação financeira da empresa.

Impacto nos trabalhadores e no mercado laboral

O processo de despedimento coletivo afectou mais de 100 trabalhadores em Portugal. A empresa já iniciou as negociações com os sindicatos e representantes dos trabalhadores, procurando minimizar o impacto social desta decisão.

Os trabalhadores afetados receberão apoio através de programas de requalificação profissional, indemnizações acordadas conforme a lei portuguesa, apoio na procura de novas oportunidades de emprego e acompanhamento psicológico durante o processo.

Lojas afetadas pelo encerramento

As unidades que serão encerradas encontram-se principalmente nas regiões da Grande Lisboa, Grande Porto, Zona Centro e Algarve. Cada uma destas localidades afetadas representa uma perda significativa para a comunidade local, tanto em termos de emprego como de oferta comercial.

Reação do mercado e dos consumidores

A notícia do encerramento das lojas Kinda tem gerado preocupação entre os consumidores habituais. Muitos expressaram a sua tristeza nas redes sociais, recordando momentos e experiências de compra nas lojas da marca.

O papel da nova administração

A nova equipa de gestão, liderada pelo atual presidente executivo, tem enfrentado o desafio de equilibrar a sustentabilidade financeira com a responsabilidade social. A decisão de encerrar as lojas faz parte de um plano mais amplo de reestruturação.

Impacto no setor retalhista português

Kinda Home impacto
Kinda Home impacto

O encerramento das lojas Kinda representa um marco importante para o setor retalhista em Portugal. Este acontecimento pode indicar:

  • Mudanças estruturais no mercado
  • Necessidade de adaptação a novos modelos de negócio
  • Maior foco em estratégias omnicanal
  • Reflexão sobre a sustentabilidade do retalho tradicional

Apoio aos trabalhadores afetados

Várias entidades estão a mobilizar-se para apoiar os trabalhadores afetados pelo encerramento das lojas Kinda em Portugal. Entre as principais iniciativas, destaca-se o papel do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que oferece programas de requalificação profissional e medidas de apoio à reintegração no mercado de trabalho.

O IEFP disponibiliza programas como:

Medida e emprego

Esta medida oferece apoio financeiro às empresas que celebrem contratos de trabalho sem termo com desempregados inscritos no IEFP, promovendo a criação de emprego estável.

Subsídio de desemprego

Para os trabalhadores que perderam o emprego involuntariamente, o IEFP facilita o acesso ao subsídio de desemprego, ajudando a garantir um rendimento enquanto procuram novas oportunidades.

Além disso, os trabalhadores podem beneficiar do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), um instrumento da União Europeia que apoia trabalhadores despedidos devido a processos de reestruturação.

O FEG oferece medidas personalizadas como formação, reconversão profissional e apoio ao empreendedorismo. Este fundo pode cofinanciar até 85% dos custos dos projetos destinados à reinserção dos trabalhadores no mercado de trabalho.

Essas iniciativas visam minimizar o impacto social do despedimento coletivo e facilitar a transição dos trabalhadores para novas oportunidades profissionais.

Perspetivas futuras

Apesar do encerramento das lojas físicas, a Kinda manterá presença em Portugal através do seu canal online.

A empresa prevê:

  • Manter o serviço ao cliente através de plataformas electrónicas
  • Honrar obrigações e garantias assumidas
  • Continuar a servir o mercado português de forma diferente

Aspetos legais do processo

O processo de despedimento coletivo está a seguir todos os trâmites legais previstos na legislação portuguesa, incluindo a comunicação prévia às autoridades competentes. A negociação com os representantes dos trabalhadores, o cumprimento dos prazos legais estabelecidos e a garantia dos direitos dos trabalhadores.

O encerramento das lojas Kinda em Portugal representa um momento de transformação no retalho nacional. Embora seja um processo doloroso para muitos, especialmente para os trabalhadores afetados, também reflete as mudanças profundas que o setor está a atravessar.

A prioridade agora é garantir que os trabalhadores afetados recebam todo o apoio necessário para a sua transição profissional e que as lições aprendidas com esta situação possam contribuir para o fortalecimento do setor retalhista português no futuro.

Esta situação serve como um alerta para outras empresas do setor sobre a importância da adaptação constante às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores.

Clique aqui para mais conteúdos.

Sumário

Gostou do conteúdo? Compartilhe.

Leia a seguir