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Juros de mora: o que são e como calcular?

Juros de mora: o que são e como calcular?

Juros de mora: entenda como funciona esta taxa adicional cobrada em atrasos de pagamentos e seu impacto nas finanças pessoais e empresariais.
juros de mora
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Já se viu numa situação em que atrasou o pagamento de uma conta e se deparou com um valor adicional a pagar? Certamente que sim, e esse valor extra tem um nome, juros de mora.

Hoje, vamos explorar detalhadamente este tema que afeta tantos portugueses e descobrir como podemos evitar este encargo financeiro adicional.

O que são juros de mora?

Os juros de mora representam uma compensação monetária que o credor tem direito a receber quando ocorre um atraso no pagamento de uma dívida. Esta taxa serve como uma penalização pelo incumprimento do prazo estabelecido inicialmente para o pagamento. Em Portugal, esta prática está prevista no Código Civil e visa proteger os direitos dos credores.

É fundamental compreender que estes juros são diferentes de outras cobranças, como as multas por atraso. Enquanto a multa é um valor fixo estabelecido em contrato, os juros de mora são calculados proporcionalmente ao tempo de atraso no pagamento.

Por que são aplicados?

A aplicação destes juros tem duas finalidades principais. A primeira é compensar o credor pelo tempo em que ficou privado do valor que deveria ter recebido. A segunda é desencorajar o incumprimento, funcionando como um incentivo para que os pagamentos sejam realizados dentro dos prazos estabelecidos.

Imagine que emprestou dinheiro a alguém que deveria devolver numa determinada data. Se esta pessoa atrasa o pagamento, tu fica impossibilitado de utilizar esse dinheiro para outros fins. Os juros servem justamente para compensar esse prejuízo.

Tipos de dívidas que incidem juros de mora

Estes juros podem ser aplicados em diversos tipos de dívidas mediante o aviso n.º 369/2021. No contexto das dívidas ao Estado, incluem-se impostos em atraso, como o IRS e o IRC. As entidades públicas também podem cobrar juros em casos de atraso no pagamento de taxas e contribuições.

No setor bancário e financeiro, são aplicados em situações de atraso no pagamento de prestações de empréstimos, cartões de crédito e outras modalidades de financiamento. Já no âmbito privado, podem incidir sobre faturas em atraso de serviços como eletricidade, água ou telecomunicações.

Taxa dos juros de mora

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Em Portugal, a taxa é regulamentada por lei. Para dívidas comerciais, o limite legal estabelecido é de 1% ao mês, o que corresponde a aproximadamente 0,0333% ao dia. Este valor pode variar dependendo do tipo de dívida e do que foi estabelecido em contrato.

No caso de dívidas fiscais, a taxa é definida anualmente por portaria governamental. É importante ressaltar que estas taxas podem ser diferentes para dívidas comerciais e para dívidas ao Estado.

Como calcular?

O cálculo segue uma fórmula específica: valor da dívida x taxa de juros / 365 (ou 360 para dívidas bancárias) x número de dias de atraso. Por exemplo, numa dívida de 1.000 € com 30 dias de atraso, considerando a taxa de 1% ao mês, os juros seriam aproximadamente 10 €.

Diferenças entre juros de mora e multa de mora

É comum haver confusão entre juros e multa de mora. A multa é uma penalidade fixa, geralmente estabelecida em percentual sobre o valor da dívida, cobrada uma única vez quando ocorre o atraso. Já os juros são calculados dia a dia, aumentando proporcionalmente ao tempo de atraso.

Impacto no planeamento financeiro

Os juros de mora podem ter um impacto significativo nas finanças pessoais. Um pequeno atraso pode resultar num efeito de bola de neve, principalmente quando somado a outras penalidades. Por isso, é fundamental incluir o pagamento pontual das contas no planeamento financeiro para evitar a sua incidência.

Juros de mora em diferentes contextos legais

Na mora fiscal, são calculados de forma específica, seguindo a legislação tributária portuguesa. Já nas dívidas com o Estado, existe uma regulamentação própria que determina as taxas aplicáveis e as formas de cálculo.

Estratégias para evitar

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A melhor estratégia para evitar juros de mora é manter o controle das suas finanças e realizar os pagamentos dentro dos prazos. Em situações de dificuldade, é aconselhável negociar com o credor antes do vencimento da dívida, buscando alternativas como o parcelamento ou a extensão do prazo para evitar a sua incidência.

Os juros de mora são uma realidade que pode afetar significativamente o orçamento familiar. Compreender como funcionam e implementar estratégias para evitá-los é fundamental para uma gestão financeira saudável.

Lembre-se, o melhor caminho é sempre manter os pagamentos em dia e, em caso de dificuldades, procurar ajuda antes que os juros comecem a acumular. A prevenção e o planeamento são essenciais para evitar os encargos adicionais.

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