Já se encontrou confuso perante a grande variedade de adoçantes nas prateleiras do supermercado? Esta dúvida é bastante comum. Os adoçantes surgiram como alternativas ao açúcar tradicional, oferecendo sabor doce com menor impacto calórico.
Desde a sua descoberta até à atualidade, estes substitutos conquistaram um lugar importante na alimentação moderna, especialmente para quem procura reduzir o consumo de açúcar por questões de saúde ou estética.
Os adoçantes dividem-se principalmente em dois grupos. Naturais, extraídos de plantas ou outras fontes naturais, e artificiais, criados em laboratório. Ambos partilham uma característica fundamental: proporcionam doçura sem as calorias do açúcar tradicional.
Tipos de adoçantes naturais
Os adoçantes naturais têm conquistado espaço como alternativas saudáveis ao açúcar refinado, oferecendo opções diversificadas para diferentes necessidades. Estes produtos derivam de fontes encontradas na natureza e geralmente apresentam benefícios adicionais além da doçura.
Derivados de plantas
A stevia provém das folhas da Stevia rebaudiana, sendo 300 vezes mais doce que o açúcar sem adicionar calorias. Não afeta os níveis de glicose sanguínea, mas pode apresentar leve amargor residual.
Derivados de álcoois de açúcar
O xilitol oferece doçura similar ao açúcar com 40% menos calorias e beneficia a saúde oral. O eritritol proporciona 70% da doçura do açúcar com apenas 5% das calorias e excelente tolerância digestiva.
Baseados em açúcares naturais
O açúcar de coco contém nutrientes como ferro e potássio, com índice glicémico inferior ao açúcar refinado. O xarope de ácer oferece minerais como manganês e zinco, com sabor característico ideal para aplicações específicas.
Adoçantes artificiais mais comuns
No campo dos adoçantes artificiais, o aspartame é provavelmente o mais conhecido. É aproximadamente 200 vezes mais doce que o açúcar e amplamente utilizado em refrigerantes dietéticos e alimentos processados. Apesar de algumas controvérsias, a maioria das autoridades de saúde considera-o seguro dentro dos níveis de consumo recomendados.
A sucralose, derivada do açúcar, mas classificada como artificial, é cerca de 600 vezes mais doce que o açúcar comum. É estável ao calor, o que a torna adequada para cozinhar e cozer. Não é metabolizada pelo corpo, o que significa que praticamente não fornece calorias.
O acessulfame K e o ciclamato são frequentemente combinados com outros adoçantes para melhorar o perfil de sabor. O ciclamato, embora proibido em alguns países, é permitido em Portugal dentro de limites controlados.
Adoçante ou açúcar?

O açúcar fornece cerca de 4 calorias por grama, enquanto muitos adoçantes oferecem doçura sem calorias significativas. Em termos de impacto glicémico, o açúcar causa um aumento rápido nos níveis de glicose sanguínea, enquanto a maioria dos adoçantes não tem este efeito.
A escolha entre adoçante e açúcar deve considerar o estado de saúde atual, objetivos e preferências pessoais de cada um. Se uma pessoa está a gerir diabetes ou a tentar perder peso, os adoçantes podem ser uma ferramenta útil. Para uso ocasional em pequenas quantidades, o açúcar pode ser uma escolha perfeitamente aceitável para pessoas saudáveis.
Benefícios e limitações dos adoçantes
Os adoçantes surgem como alternativas ao açúcar tradicional, oferecendo diversas vantagens para populações específicas, embora apresentem também algumas limitações que merecem consideração. A investigação científica continua a evoluir quanto aos seus efeitos a longo prazo.
- Potenciais efeitos secundários: algumas pessoas podem experienciar desconforto digestivo
- Redução calórica: permitem diminuir a ingestão de calorias, podendo auxiliar no controlo do peso
- Vantagens para diabéticos: não afetam os níveis de glicemia, permitindo o consumo de alimentos doces
- Saúde oral: não contribuem para a formação de cáries dentárias
- Efeitos na microbiota: estudos indicam possíveis alterações na flora intestinal com o consumo regular
- Variabilidade individual: as reações variam significativamente entre pessoas
Como escolher o adoçante mais adequado
A escolha do adoçante ideal deve considerar as necessidades específicas de cada pessoa. Para quem tem diabetes, os sem impacto glicémico como a stevia, eritritol ou sucralose podem ser mais adequados. Para quem se preocupa com a saúde digestiva, o eritritol tende a ser melhor tolerado que outros polióis.
É importante verificar sempre a lista de ingredientes nos produtos que contenham adoçantes, pois muitas vezes são combinados com outros componentes que podem não ser desejáveis para todos. Experimentar diferentes tipos pode ajudar a descobrir qual se adapta melhor ao paladar e necessidades específicas de cada um.
Um aspeto importante a considerar é a utilização pretendida. Alguns funcionam melhor em bebidas quentes, enquanto outros são mais adequados para a confeção de bolos e sobremesas, devido à sua estabilidade quando expostos ao calor.
O mundo dos adoçantes oferece um leque variado de opções para quem procura reduzir o consumo de açúcar tradicional. Não existe uma escolha universal “melhor”, a decisão ideal depende das necessidades pessoais, objetivos de saúde e preferências de sabor de cada indivíduo.