A lei da mediação imobiliária em Portugal é um tema crucial para quem atua ou pretende atuar no mercado imobiliário português.
Neste artigo, vou explicar-lhe todos os aspetos fundamentais desta legislação, desde os requisitos básicos até às mais recentes atualizações.
A importância da regulamentação imobiliária
O mercado imobiliário português tem tem crescido significativamente nos últimos anos, tornando-se fundamental a existência de uma regulamentação sólida que proteja tanto os profissionais como os consumidores.
A lei da mediação imobiliária, estabelecida pela Lei n.º 15/2013, de 8 de fevereiro, veio criar um quadro legal robusto para esta atividade.
Principais aspetos da Lei n.º 15/2013
A legislação atual estabelece regras claras para o exercício da atividade de mediação imobiliária em território português. Esta lei trouxe mudanças importantes ao setor, principalmente no que diz respeito à proteção do consumidor e à profissionalização dos serviços.
Um dos pontos mais relevantes é a obrigatoriedade de obtenção da licença AMI para qualquer empresa que pretenda exercer a atividade de mediação imobiliária. Esta licença funciona como uma garantia de qualidade e segurança para todos os intervenientes.
Requisitos fundamentais para o exercício da atividade
Para exercer legalmente a atividade de mediação imobiliária em Portugal, as empresas devem cumprir diversos requisitos. É necessário possuir registo comercial com objeto social compatível, manter um seguro de responsabilidade civil válido e demonstrar capacidade técnica e financeira adequada.
A idoneidade dos responsáveis também é um fator crucial. Os gestores e administradores devem apresentar um histórico profissional limpo e demonstrar competência para gerir uma empresa de mediação imobiliária.
O papel fundamental do IMPIC
O Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) desempenha um papel central na regulação do setor. Esta entidade é responsável pela emissão e fiscalização das licenças AMI, além de supervisionar o cumprimento das normas legais por parte das empresas de mediação.
Direitos e deveres na mediação imobiliária

Os mediadores imobiliários têm responsabilidades específicas perante os seus clientes. Devem prestar informações verdadeiras e completas sobre os imóveis, manter a confidencialidade das informações recebidas e agir com transparência em todas as transações.
Por outro lado, os consumidores têm o direito de receber informações claras sobre os serviços prestados, conhecer as condições de remuneração do mediador e ter acesso à documentação relevante do imóvel.
Remuneração dos serviços de mediação
A questão da remuneração é um aspeto crucial da lei da mediação imobiliária. O pagamento dos honorários só é devido após a conclusão efetiva do negócio, sendo necessário que o contrato definitivo seja assinado. Em casos de contrato-promessa, podem existir condições específicas acordadas entre as partes.
Modernização e simplificação de procedimentos
Recentes alterações à lei trouxeram maior eficiência aos procedimentos administrativos. A tramitação eletrónica tornou-se a norma, reduzindo significativamente os prazos de processamento e facilitando a vida dos profissionais do setor.
Proteção do consumidor no mercado imobiliário
A lei estabelece diversas medidas para proteger os interesses dos consumidores. Entre elas, destaca-se a obrigatoriedade de informação clara sobre as condições dos negócios e a necessidade de transparência em todas as transações imobiliárias.
Consequências do não cumprimento da lei
O incumprimento da lei da mediação imobiliária pode resultar em graves consequências. As empresas podem enfrentar suspensão ou cancelamento da licença AMI, além de possíveis sanções financeiras e legais.
A lei da mediação imobiliária em Portugal estabelece um quadro regulatório completo que visa proteger todos os intervenientes no mercado imobiliário. O cumprimento destas normas é fundamental para garantir a profissionalização do setor e a segurança das transações imobiliárias.
Para os profissionais que pretendem atuar neste mercado, é essencial conhecer profundamente esta legislação e manter-se atualizado sobre as suas eventuais alterações. Desta forma, poderão exercer a sua atividade com segurança e profissionalismo, contribuindo para um mercado imobiliário mais transparente e eficiente.